sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Programa Xeque-Mate entrevistou Mestre Paulo Varela

            O programa Xeque-Mate desta semana apresentou o cordelista, xilógrafo, compositor e cantor Paulo Varela. Casado, pai de quatro filhos, este assuense também possui o título de Mestre da Cultura Popular.
O cordelista mantém o projeto Nordeste Andante, uma casa de taipa montada pelo próprio na qual vende sua obra e comidas típicas da região, e o 1º Centro de Tradições Culturais – Aldeia Velha, projeto que oferece cursos gratuitos de desenho, informática e música às crianças da comunidade. Já possui quase duas mil composições, dois discos gravados, um livro a ser publicado e faz uma média de 15 eventos por ano, tudo por meio de produção independente. Em seu “currículo”, há convites para eventos na França, Espanha e Portugal.
No começo de sua entrevista, Paulo falou sobre o cordel e a sua importância não só cultural, mas como também em outros meios, como, por exemplo, a educação. “O cordel está sendo utilizado como instrumento educacional”, disse. Também disse que acredita que o cordel ainda é uma boa mídia cultural. “O cordel não vai se acabar”, sentencia.
 Depois passou a criticar a Fundação José Augusto, alegando que a mesma beneficia apenas ao próprio presidente, Crispiano Neto, que também é o autor do livro “Lula na literatura de cordel”. “Com o material de “Lula na literatura de cordel”, dá pra fazer mais de 50 cordéis diferentes”, disse. “A Fundação paga tanta gente para não fazerem nada”.
Em outro momento, o cordelista falou sobre a sua entrevista no Programa do Jô, exibido pela Rede Globo. Na época da entrevista, Varela não estava conseguindo encontrar espaço nacional para divulgar a sua obra, já que, segundo ele, não conseguia apoio dos órgãos governamentais responsáveis pela cultura. “Os bestas daqui do meu estado não me quiseram”, reclama. Após a entrevista no Programa do Jô, a sua carreira obteve uma projeção maior do que possuía. “Depois da entrevista do Jô, vendi 1800 discos”, disse.
             No final da entrevista, Paulo “explicou” a sua gagueira. Diz ele que seu irmão, que era gago, foi morar com ele, que, na época, não era gago. Com o passar do tempo e da convivência, o irmão dele se “curou”, ao passo que ele foi “contraindo” gagueira. 

Pré-entrevista - Mestre Paulo Varela



 Equipe Assessoria: Por que o senhor aceitou o convite para participar do programa? 
Paulo Varela: Porque é uma das únicas oportunidades que a gente tem de documentar o que é feito de cultura no Rio Grande do Norte. 

E.A.
: O que o senhor espera dos entrevistadores? 
P.V.: Que eles tenham estudado um pouco sobre minha pessoa, para eu não conversar com leigos. 

E.A.
: O senhor acha importante o conteúdo do programa, o fato de ser produzido por universitários de Comunicação e veiculado na TV Universitária? 
P.V.: Olha, o estudo é a base de tudo não é “professor”? Se são universitários é por quê querem alguma coisa futuramente, não é verdade? 

E.A.
: Qual o principal meio pelo qual o senhor divulga o seu trabalho? 
P.V.: Os CDs, os DVDs, essas mídias. São com elas principalmente que eu trabalho. Além das minhas exposições.

Poeta potiguar: Paulo Varela

Imagem do blog wwwcidadedospoetas.blogspot.com
Natural de Assú, cidade do oeste potiguar, Paulo Varela desde cedo já indicava a sua vertente artística. Mas foi somente em 1999 que o poeta, aos 35 anos,resolveu se dedicar de maneira exclusiva ao ofício,depois de muitos anos no serviço público.Começou contando “causos” na Praça de Assú, entretanto diante das dificuldades e falta de incentivo, mudou-se para Natal.

Juntamente com outros 26 artistas de todo o país, recebeu do Ministro da Cultura o título de Mestre da cultura popular brasileira, que não veio acompanhado do merecido reconhecimento. O poeta reclama da falta de incentivo do governo do estado, além de denunciar que o descaso é tão grande que a Fundação José Augusto o deve cerca de seis mil reais de um trabalho realizado em 2008.

Todavia, na contramão da falta de incentivo e de reconhecimento, Paulo Varela tem dois CD´s gravados, um livro a ser publicado, uma média de 15 eventos ao ano, parte deles em outros países, além de criar e coordenar o primeiro centro de Tradições Culturais do estado. “Tudo sem apoio do poder público” ressalta o poeta. Sobre desistir diante das dificuldades, ele responde: “Não, porque a arte tá no sangue e eu não preciso deles (governo) pra nada”.



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mestre da Cultura Popular é o entrevistado desta semana no Xeque-Mate


Poeta, cordelista, xilógrafo, cantor, compositor e contador de “causos” matutos. Foram essas as ocupações que renderam a Paulo Varela, entrevistado desta semana do programa Xeque-Mate, o título de Mestre da Cultura Popular, recebido à época pelas mãos do então Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

No programa que vai ao ar nesta sexta-feira, 27, exibido pela TV Universitária (TVU) a partir das 19:30, o mestre falou sobre sua trajetória como poeta e de trabalhos que o tornaram conhecido internacionalmente. Contou das dificuldades encaradas por ser um artista independente e não economizou críticas aos órgãos públicos, principalmente à Fundação José Augusto, quando o assunto era a falta de incentivos às produções culturais no nosso estado.

Paulo declama, ainda, todo o amor que sente por Assú, cidade em que nasceu, com poesias tão belas que nem a gagueira se atreve a interrompe-lo nesse momento. Emociona-se ao ver as crianças que ajuda com o seu Centro de Tradições Culturais – Aldeia Velha em uma reportagem especial realizada pela equipe do programa. A reportagem mostra os cursos de desenho, informática e música oferecidos pelo centro, localizado no bairro de Igapó, mesmo lugar onde o artista reside.

Guerreiro e exemplo de artista. Assim é Paulo Varela, entrevistado do Xeque-Mate. A melhor jogada de suas sextas-feiras. Não Perca!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Desafios e progressos na ciência - XM com Marco Antonio Raupp

O Xeque-Mate desta semana é com o matemático Marco Antônio Raupp, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Formado em física pela Universidade do Rio Grande do Sul, PHD em matemática pela Universidade de Chicago e livre docente pela Universidade de São Paulo, atualmente, Raupp dirige o Núcleo do Parque Tecnológico de São José dos Campos.

Ciência, tecnologia, meio ambiente, educação e ética estão entre os temas abordados. O matemático também acrescenta quais os benefícios que a SBPC traz para a sociedade e os pontos positivos e negativos do desenvolvimento tecnológico do Brasil. Pesquisas e desenvolvimento sustentável também estão em pauta.

O Brasil ocupa a décima terceira posição no ranking mundial da ciência e, de acordo com Raupp, o desafio do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia é se ampliar de modo a produzir conhecimento que tenha utilidade direta para a sociedade.

Especialista em análise numérica e com extenso currículo acadêmico, Marco Antonio Raupp é nosso entrevistado desta sexta, às 19h30 na TV Universitária – canal 5 da TV aberta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

(13/08) Maria D'Elisier veio enriquecer nosso programa de hoje com suas experiências no mundo do circo



A nossa entrevistada de hoje é alguém que transpira cultura. Tendo nascido já em ambiente circense, Maria D’Elisier conhece de perto o que é a vida do artista brasileiro e vem nos falar sobre temas importantes, como a valorização do circo, o que mudou nesse meio tempo em que ela está nesse mundo e experiências bastante interessantes no decorrer da sua carreira de acrobata, que começou muito cedo, aos cinco anos.


No meio de seu baú de memórias, Maria relembra de seus tempos de criança, e do fato de sua mãe respeitar bastante sua infância, permitindo que trabalhasse, mas até um horário determinado e nunca deixando o aprendizado acadêmico de lado. Fala de como era difícil apegar-se a amigos e/ou namorados, na vida nômade que levava, mas recorda com saudade de todas essas histórias e em momento algum, sentiu-se prejudicada por crescer nesse ambiente diferente do comum.


Como acrobata, conta-nos várias casos, desde acidentes ocorridos com conhecidos a outros fatos que são até um tanto difíceis de se acreditar, mas o que a nós parece fantasioso e fantástico, a ela soa como acontecidos normais, pelo tom de voz e serenidade de sua narrativa.


A professora critica fortemente o movimento sindical e o governo, deixando claro que o artista sempre tem de virar por si só e que o próprio movimento sindical não tem uma boa organização. Ressalta sempre a aceitação do público, aqui ou em qualquer canto do mundo, como ela diz, dá para saber pelas palmas.


Tendo se apresentado já em diversos palcos e adquirido bastante experiência, a nossa entrevistada acabou por se tornar referência quando se fala de circo e faz parte da equipe de professores da Escola Nacional de Circo, que está sempre exportando alunos para circos e espetáculos no exterior como o próprio Cirque Du Soleil, que ela vê com bons olhos, porque, embora bastante comercial, acaba atraindo as visões do público para essa arte de tanto tempo que andava tão esquecida.


Assista o Xeque-Mate de Hoje e veja um dos vários motivos pelos quais o circo não deve morrer.

Programa Xeque-Mate: há sete anos, 
a melhor jogada das suas sextas-feiras
19h30 na TVU, canal 5 da TV aberta

terça-feira, 10 de agosto de 2010

(06/08) Mais informações sobre Mutilo Felinto, o nosso entrevistado da sexta feira passada


Murilo Felinto é advogado por formação, iniciou o curso de Direito em Recife, concluindo o bacharelado na UFRN em Natal, estabelexendo uma promissora carreira na cidade do sol. Aqui vai um pouco do histórico do nosso entrevistado:


No ano de 1985, começou a trabalhar no restaurante Chaplin, localizado na praia dos Artistas em Natal. O local funcionava como restaurante e boate, e durante muito tempo foi ponto de encontro de turista e natalenses. Nesse período Murilo Felinto começou a atuar junto a hotéis e agência de viagens para captar turistas para a cidade, ele observou que Natal tinha uma potencialidade turística e uma carência de espaço e profissionais que trabalhassem com esse público. Murilo conta que na época existiam poucos restaurantes na cidade e que esses costumavam fechar em horário de almoço e durante o mês de janeiro, período que os donos dos principais restaurantes da cidade tiravam para veranear nas praias. Nesse mesmo ano, em 1985, Natal sediou o primeiro grande congresso, o encontro dos diretores lojista.

Em 1991, Felinto tornou-se diretor do EMPRETUR, empresa que oferece atendimento personalizado ao turista. Dois anos depois, em 1993, ele fundou uma operadora de viagens com o objetivo de fazer uma ligação aérea entre Natal e a ilha de Fernando de Noronha, possibilitando aos turistas que vinham a cidade uma alternativa de turismo.

No período entre os anos de 1997 e 2000, foi secretário municipal da Indústria, do Comércio e Turismo de Natal. No mesmo periodo, entre 1998 e 1999 ele também tornou-se presidente da Associação Brasileira dos Órgãos Municipais do Turismo. Entre os anos de 2002 e 2003, foi gerente operacional do Conselho de Turismo Internacional do nordeste.

Ele conta que na década de 90 foi construido na cidade o primeiro hotel 5 estrelas, com a consolidação de Natal como destino turistico nos anos seguintes, foram feitos grandes investimentos na área de hospitalidade e criou-se na cidade um pólo hoteleiro na Via Costeira, onde foram contruidos hotéis de nivel 5 estrelas e resorts, a intenção era de possibilitar ao turista conforto e investir no turismo de lazer.

De 2003 a 2006, Felinto foi diretor executivo do Pólo Turístico da Via Costeira, que contava com 10 hotéis. Nessa época dispontava como um dos maiores complexos turistícos do país, com cerca de dois mil leitos, dois restaurantes de padrão internacional, um cervejaria e duas boates, além de outros equipamentos de entretenimento e lazer. Os empresários que atuavam nesse ramo se mobilizaram para intensificar ações de marketing e promoções na via litorânea, promovendo a cidade dentro e fora do Brasil.

Murilo também foi diretor executivo da Associação Brasileira da industria de Hotéis (ABIH), entre 2007 e 2010, onde decidiu deixar a função para atuar como representante da WhiteJet (empresa portuguesa de voos charters). Fundou a JSC Turismo, que foi a empresa pioneira em fretamentos internacionais, os primeiros voos foram para Portugal, Italia e Argentina.



De acordo com o entrevistado, o turismo em Natal é uma atividade relativamente recente. Em 1985 foram construídos os primeiros hotéis da Via Costeira (Natal Mar Hotel e o Natal Marsol), também afirma que a hotelaria natalense é a mais jovem e renovada do nordeste, oferecendo o dobro da quantidade de leitos em comparação com Recife, um Centro de Convenções capaz de promover eventos de pequeno e médio porte e um aeroporto com três pistas.

Quanto ao turismo sexual, ele afirma que “este problema é de caráter social” e o destino de Natal não é vendido desta forma fora do país. No ano de 2007 foram cancelados alguns voos chateres vindo da Europa, porque a empresa que estava promovendo a viagem tinha uma má fama. Havia suspeitas de que eles trabalhavam vendendo o destino como turismo sexual.