quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma viagem pela história do cordel

Por Felipe Joseh

A novela Cordel Encantado, exibida pela Rede Globo de Televisão, despertou a curiosidade da população brasileira pelo cordel, uma manifestação artística de grande representatividade no cenário cultural nordestino e brasileiro. Você sabe com exatidão de onde vem o cordel do jeito que conhecemos e admiramos?
 
Pra quem pensa que o cordel é um estilo literário tipicamente nordestino e com suas origens fixadas na nossa região está muito enganado.  A literatura de cordel é mais antiga do que imaginamos, e, de acordo com pesquisadores, tem suas origens lá na antiguidade, durante o império greco-romano, passando pelos fenícios, cartagineses, saxões, até se popularizar na península ibérica (Portugal e Espanha), de onde vem a maior parte das nossas raízes linguísticas.
 
O estilo da forma que conhecemos vem de Portugal, e chegou ao Brasil junto com a vinda dos colonizadores durante o século XVI, tendo a Bahia, mais precisamente Salvador, como sua morada inicial. Partindo da capital nacional durante aquela época, o cordel se popularizou e se desenvolveu no nordeste, alcançando várias outras regiões, que originaram os estados assim como conhecemos hoje. E por que no nordeste? Simples. Nossa região foi o primeiro ponto nacional de mistura e convergência de diversas culturas, originando uma variedade artístico-literária muito interessante. Naturalmente, a região nordeste é o berço de um estilo literário com traços tão diversificados.
 
É datado de por volta de 1750 os primeiros repentes de cordel oral, só depois de alguns anos sem o reconhecimento merecido o cordel ganhou a fama de poesia popular, tendo como o improviso, sua mais fiel e peculiar característica. Algum tempo depois, o cordel também conquistou a produção escrita, tendo como percussoras, em sua maioria, pessoas ainda desconhecidas que, infelizmente, não tiveram trabalho reconhecido com o passar do tempo, pois os registros ainda são muito vagos e não possuem precisão.
 
Atribui-se a Leandro Gomes de Barros, um dos primeiros registros de cordel escrito no Brasil, autor da famosa “Peleja de Manoel Riachão com o Diabo”, um marco para a produção cordelista nacional.


*Dados baseados no site da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC)*
Visitem: http://www.ablc.com.br/

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Novelas retratando a vida real


Por Rafaela Dantas





 

As novelas brasileiras são conhecidas por serem inspiradas na vida real. Inúmeros temas são abordados pelos autores em suas novelas, geralmente assuntos do momento, da vida política, ou social do país. Como também acontecimentos históricos importantes do passado da nação. Isso faz com que a população se interesse por novelas.

Uma das novelas que conseguiu reunir o maior número de assuntos polêmicos com certeza foi Chamas da Vida, que foi exibida pela Rede Record em 2009. A autora Christianne Fridman abordou em sua novela, pedofilia, uso de drogas, AIDS, estupro e aborto, mas sempre na dose certa, para não ficar pesado nem causar mal estar. A trama foi bem assistida pelos brasileiros, garantiu médias que variavam de 13 a 18 pontos, garantindo o segundo lugar no Ibope, e às vezes momentos de liderança.

A Rede Globo sempre veicula novelas que retratam a vida real da população em geral, seja ela rica ou pobre. Em Caminho das Índias (Glória Perez), que foi exibida em 2009, um dos temas tratados foi a Esquizofrenia. Ademir (Sidney Santiago) sofre com a doença e ajuda a informar sobre a complexidade deste problema. Mulheres Apaixonadas (2003) escrita por Manoel Carlos tratou de assuntos como o alcoolismo, os maus tratos na terceira idade, a violência contra a mulher e o desarmamento. O Clone (2001-2002) de autoria de Glória Perez abordou a cultura muçulmana, clonagem humana e dependência química. Laços de Família (2000-2001) também escrita por Manoel Carlos teve como temas a Prostituição vivida pela personagem Capitu, interpretada por Giovanna Antonelli. Assim como, o drama vivido por Camila interpretada por Carolina Dieackmann, que descobre estar com Leucemia e precisa urgentemente de um doador de medula. Cada novela tem um pouco, ou até mesmo muito da vida real.

As minisséries globais costumam retratar fatos históricos do nosso país, mas sempre romanceando a história. A Casa das Sete Mulheres (2003) narra à trajetória de personagens reais e fictícios durante a Revolução Farroupilha – movimento separatista antiimperial ocorrido na então província do Rio Grande (1835-1845). A Invenção do Brasil (2000) reúne ficção, documentário e comédia, é uma paródia que tem como fio condutor a trajetória de Diogo Álvares Corrêa (Selton Mello), um degredado português que viveu no Brasil no século XVI, e Paraguaçu (Camila Pitanga), uma índia por quem ele se apaixona. JK (2006), baseada na trajetória de Juscelino Kubitschek, conta a história de sua vida pessoal e política. Abolição (1988), a narrativa é centrada no período em que a Lei Áurea está prestes a ser assinada pela Princesa Isabel (Tereza Rachel), em 13 de maio de 1888. Nesse momento, o tema abolicionista era amplamente discutido nos centros urbanos, enquanto nas áreas rurais relações escravagistas ainda eram intensamente vividas.

Por fim, seja uma novela ou uma minissérie, seus autores sempre têm o interesse de retratar assuntos polêmicos, históricos e do cotidiano. Isso faz com que a novela se aproxime cada vez mais da vida do telespectador, fazendo com que ele a assista por se identificar com um ou vários temas abordados nela. É como diz o ditado: “A arte imita a vida!”

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O desafio de assumir a nova prefeitura

Por Felipe Alves

O Xeque Mate entra ao ar essa semana com um convidado especial, o deputado Hermano Morais, que em entrevista ao nosso programa trouxe a tona o debate das eleições municipais de 2012. Ele é um dos pré-candidatos ao pleito municipal.

Assumir a administração de Natal no ano de 2013 (levando em conta que a posse do futuro prefeito ocorre em janeiro do ano seguinte à eleição) não será uma tarefa simples. A cidade do Natal vem de uma administração indiscutivelmente fracassada em termos de popularidade, e os desafios não são poucos. Além das recorrentes reivindicações relacionadas às necessidades básicas da população (saúde e educação de qualidade, segurança pública eficiente, e etc.), a nova prefeitura terá o desafio de administrar a cidade em tempos de copa do mundo, o maior evento que a cidade já recebeu em sua história, sem dúvida alguma.


Partidos e coligações já começam a se articular e traçar os objetivos para as eleições do ano que vem, e é nesse clima de disputa e expectativas que a cidade aguarda receosa o(a) novo(a) prefeito(a). Uma coisa é certa: o desafio de administrar Natal nunca foi tão grande. Esse e outros temas foram colocados em xeque no programa com Hermano Morais, que vai ao ar amanhã, dia 02/10, 19h30, na TVU.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FUTEBOL PAIXÃO DE BRASILEIRO

Por: Rafaela Dantas

Nós brasileiros sabemos que o futebol querendo ou não faz parte da nossa vida, e principalmente da nossa cultura. Afinal, o mundo conhece o Brasil como “O País do Futebol” não é mesmo? A paixão pelo futebol faz parte de nossa história, de nossa tradição, tá no sangue do brasileiro.

O futebol influencia na vida da maioria das pessoas, seja ela mulher, homem ou até mesmo criança. A maioria dos homens (quase todos) são apaixonados por futebol, sendo assim, quando se tornam pais, querem passar essa paixão adiante para seus filhos e filhas. Antes mesmo de a criança nascer, seu pai já está imaginando como ela vai ficar com a camisa do seu clube e com a da seleção brasileira. Quando a criança vai crescendo, é influenciada pelo pai, mãe, avós, tios... Enfim, cada pessoa ao seu redor quer que a criança torça pelo seu time, geralmente quando a criança é esperta, ela torce pelo time da pessoa que te agrada com presentinhos (normalmente balinhas, chocolates, pipocas, dinheiro). E por ai vai.

Hoje em dia, as crianças vão cada vez mais novas aos estádios de futebol com os pais. Nas transmissões televisivas, é comum vermos crianças, tanto meninos, como meninas, acompanhando as partidas ao lado de seus pais. É na adolescência que realmente decidimos o time que vamos torcer, quando decidimos ai à coisa fica séria. A paixão pelo futebol que antes podia ser influenciada pelos pais acabou. A partir do momento que resolvemos o time para o qual vamos torcer a paixão vai automaticamente para o clube, então só nos resta torcer, incentivar, gritar, e dar apoio ao time escolhido.

E quando se trata da nossa seleção brasileira então, a paixão é maior, a emoção fica a flor da pele, o coração fica apertado a cada partida. Pena que ultimamente a canarinho esteja desacreditada por causa dos resultados ruins nos amistosos, já que a seleção não irá participar da Copa das Confederações, por sermos o país sede da próxima Copa do Mundo de Futebol (2014). Copa esta que já deu muita dor de cabeça ao governo brasileiro são obras de estádios atrasadas, correndo contra o tempo para ficarem prontos antes da abertura da copa. Além da polêmica da meio entrada nos ingressos para estudantes nos jogos da copa, a FIFA quer apenas diminuir o preço das entradas nos jogos da primeira fase, mas o governo não quer abrir mão da tradição da meio entrada em jogos.

Enfim, a paixão do brasileiro pelo futebol é inegável e salta aos olhos de todo o mundo. Seja a paixão pelo clube brasileiro, pela seleção brasileira, ou até mesmo algum clube europeu. Brasileiro vive, respira, ama, futebol, isso não mudará, seja na derrota ou na vitória, cada partida uma emoção diferente, o coração apertado, ou pulsando cada vez mais rápido pela felicidade da vitória. Como diria Galvão Bueno: “Haja coração!”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Desembargar é, pois, tirar os embargos¹

Julgando os feitos, sejam apelações, agravos ou embargos, o desembargador os desembarga.

Por Renato Souza

Muitas pessoas se confundem em relação ao cargo de desembargador. No programa de hoje, 25/11, teremos como entrevistada a desembargadora do Estado Zeneide Bezerra. Por isso tentaremos, através dessa matéria, falar um pouco sobre os poderes atribuídos a este cargo, não deixando de lado algumas curiosidades sobre a atuação da desembargadora do Rio Grande do Norte.

De acordo com o dicionário Michaelis o desembargador é um "juiz que tem assento em Tribunal de Justiça ou de Apelação". No entanto, podemos atribuir várias outras funções a esse cargo bastante almejado. Seguindo a Constituição e as Leis de Direitos Humanos, o cargo de desembargado é dado a um juiz, membro do Tribunal de Justiça dos Estados, que atua para a efetivação e cumprimento das leis no Brasil. Ele, o juiz, pode ser promovido ao cargo por merecimento ou tempo de atuação, no entanto se faz necessário que ele já tenho feito parte do quadro de magistrados de comarca de entrância especial. Também são chamados desembargadores, atualmente, os membros dos Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais Regionais do Trabalho.

De acordo com o site Brasil Profissões (www.brasilprofissoes.com.br), “quando um dos agentes do Poder Judiciário não concorda com a decisão de um juiz de primeiro grau, há recorrência. O desembargador vai julgar essa recorrência na instância superior.” É válido lembrar que um desembargador nunca toma decisões sozinho. Ele sempre atua, nos tribunais, em conjunto com pelo menos três agentes da justiça e mais alguns auxiliares, como, por exemplo, o vogal, revisor e relator.

Como o juiz do Superior Tribunal de Justiça, o desembargador pode ainda cuidar de crimes comuns, julgamento de habeas corpus que envolvam autoridades ou ministros, julgamentos de causas que envolvem as leis federais, julgamento de habeas corpus concedidos ou negados por tribunais regionais federais ou estatais, entre outros.

Como já foi falado anteriormente a entrevistada dessa semana, no programa Xeque-Mate, será a desembargadora da Corte do TJRN (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte) Maria Zeneide Bezerra. Até bem pouco tempo atrás ela era juíza e foi eleita pelo critério de antiguidade, à unanimidade de votos e assume a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Armando da Costa Ferreira.

A desembargadora participa de diversos programas sociais, um dos mais conhecidos é o Justiça na Praça que leva serviços como casamentos, audiências de conflito e conciliatórias, por exemplo, sem custo algum para as pessoas que participam do programa. Esses programas ajudam a resgatar a cidadania e mostrar que o juiz é um homem do povo, que possui a identidade do povo e que desenvolve suas atividades como qualquer cidadão comum. Nessa perspectiva, esses programas acabam criando uma nova consciência na população. Isso e muito mais você verá no programa dessa semana.

¹ Mário Guimarães
Posse da desembargadora Zeneide Bezerra.
(Fonte:  www.nominuto.com)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

História em quadrinhos: uma alternativa para a educação

Por Laura Felipe
           
         

As histórias em quadrinhos, um meio prazeroso de leitura e entretenimento, recentemente vêm conquistando um espaço diferente, o das salas de aula. Os quadrinhos estão sendo utilizados como um recurso didático-pedagógico no âmbito educacional, se tornando desta maneira um novo instrumento para a prática educativa.

A ideia é utilizar os quadrinhos para ensinar as mais diversas faixas etárias, como foi feito com o Dom Casmurro, de Machado de Assis, tornando a obra literária em quadrinho. Essa adaptação da literatura aos quadrinhos facilita o entendimento dos adolescentes, que para fazer o vestibular, tem que ler muitos livros, além de tornar o estudo mais prazeroso.

No caso das crianças, seria como um desenvolvimento visual e cognitivo, permitindo a maior assimilação dos fatos narrados, como também passar valores éticos, podendo trabalhar conceitos e ampliar o conhecimento sobre a vida e a sociedade em que elas fazem parte. Os jovens leitores desenvolveriam hábitos de leitura e compreenderiam melhor os textos e, ainda, ajudaria no desenvolvimento da linguagem escrita e oral. Um exemplo são os quadrinhos do Menino Maluquinho, de Ziraldo e a Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.

O uso de história em quadrinhos diminuiria o desinteresse pela leitura, ainda mais se tratando de uma sociedade em que as novas gerações preferem televisão, videogame e internet, deixando de lado o hábito de ler. Esse tipo de recurso didático é de fácil aplicação, pois trabalha com a criatividade, e utiliza material de baixo custo. Em qualquer instituição de ensino pode ser utilizado, como por exemplo, em escolas que não tem disponível muito recurso, os quadrinhos seriam uma alternativa econômica e que resultaria em um aprendizado de qualidade já que, este método estimula as mais variadas regiões do cérebro.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Natureza x Cidades

Por Caroline Bittencourt


A degradação e o comprometimento da natureza selvagem foram intensificados pelo crescimento descontrolado das cidades e de suas atividades industriais de alto impacto ambiental. A reversão dessa crise ambiental depende de iniciativas que reavaliem o papel da cidade e a participação de cada cidadão na educação ambiental e na transformação de comportamentos. 

Todos os dias vivenciamos alguns dos mais graves problemas ambientais contemporâneos: as questões da água, do lixo, da poluição e do alto consumo de energia. Claro que a solução desses problemas depende de vontade política, práticas públicas e planejamento urbano, mas depende também da colaboração ativa de cada um dos cidadãos.

Alguns exemplos de “casas ecológicas” são divulgados com freqüência na mídia. Essas casas, quase sem exceção, estão localizadas em ambientes não-urbanizados: pequenas comunidades, fazendas, praias e montanhas, e são vistas com curiosidade e interesse pelo público como experiências excêntricas com um tom futurista.

Um dos desafios da arquitetura contemporânea é o de conseguir desmistificar esse assunto e desenvolver projetos residenciais no interior das cidades, em lotes comuns, valendo-se dos conceitos de arquitetura sustentável e de “casa ecológica” adaptados ao ambiente urbano e às condições locais de disponibilidade de materiais e mão-de-obra.

A inserção de casas e edifícios sustentáveis nas cidades brasileiras nos próximos anos pode ter um efeito multiplicador de grande importância, sugerindo novos comportamentos, e sinalizando para a sociedade outros caminhos possíveis na ocupação do solo urbano com grandes vantagens econômicas e ambientais.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Discutir educação: até quando?

Por Felipe Joseh    

Muito se fala em educação no Brasil, ela sempre é pauta de acaloradas discussões políticas e sociais, e sempre apontada como a melhor forma de desenvolvimento justo e humano para a sociedade como um todo. Nosso país vive um momento inédito na história da educação pública, o acesso às universidades está cada vez mais facilitado e faz parte da política governista continuar abrindo as portas e gerando oportunidades iguais para todas as classes. Nada mais justo por parte do Estado, os grandes questionamentos são: a nossa educação básica está sendo suficiente para preparar os líderes e profissionais do futuro? Quantidade de alunos inseridos num ambiente acadêmico equivale à qualidade e profissionalismo dos mesmos?

A educação fundamental, aquela que constrói os alicerces de uma sociedade, demonstra sinais de fragilidade no Brasil. Sempre amarguramos péssimas posições em rankings educacionais mundiais. Os resultados não mentem, só reforçam o que é observado constantemente em nossas escolas e universidades: educação ainda não é um assunto relevante para as autoridades deste país. Alguns setores já demonstram conseqüências dessa “ferida educacional”; o Brasil carece de profissionais na área tecnológica, que é fundamental para um país que ostenta a posição de emergente.

A situação dos profissionais da educação também é preocupante, cada vez menos pessoas se interessam em se tornar professores, logo eles, que são a base para o crescimento das futuras gerações e os responsáveis pela tão sonhada revolução educacional que a sociedade almeja e alguns políticos prometem há tantas e tantas campanhas.

A grande dúvida que perdura nas discussões acadêmicas é quando a educação de qualidade deixará de ser uma mera ambição, e efetivamente se tornará uma realidade. É preciso largar a imobilidade e fazer acontecer na prática. A sociedade já está cansada de discutir educação como um mero projeto.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Do For All ao “Para Todos”

De uma festa para estrangeiros até o ritmo do nordeste, o forró teve diversos momentos.
Por Renato Souza

Existem varias considerações sobre a origem do nome forró. Duas são as mais aceitas, a primeira veio da idéia que quando os norte-americanos faziam suas festas em Pernambuco, no início do século 20, colocava-se um aviso com a seguinte frase: “For All” (Para Todos), nas portas dos lugares onde aconteciam as festas que tocavam o estilo derivado do xaxado. A outra versão, defendida pelo historiador Câmara Cascudo, diz que a origem é o termo africano “forrobodó”, que significa festa, bagunça.

Em seu início a música era tocada com uma sanfona, uma zabumba e um triângulo. Em alguns povoados pequenos do país, forró significa bailão popular ou arrasta pé, onde se dança de tudo. Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Gravatá, Mossoró e Juazeiro do Norte, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais: Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, São Luís e Teresina, onde são promovidas grandes festas e o ritmo se torna a música mais popular.

O forró tornou-se um fenômeno popular em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Depois de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró. O programa Xeque-Mate de hoje terá como entrevistados os integrantes do grupo Meirinhos do Forró.

O grupo é composto por três irmãos: Cláudio Freire, voz e zabumba; Ana Cláudia, voz e triângulo; e Clauberto Freire, acordeon e backing vocal. Tudo começou no dia 27 de janeiro de 2002 quando Clauberto, aos 12 anos de idade, segurou uma sanfona pela primeira vez. Desde de então ele, encantado com o som que seus dedos eram capazes de produzir, começou a ensinar os irmãos mais novos. Muitas foram as dificuldades enfrentas pelos três irmãos, mas eles nunca desistiram de seguir com seu sonho, a música.

Ao longo de sua carreira, o grupo Meirinhos já lançou 05 CDs. Em 2006 lançaram o seu primeiro CD, com o título "Sertão do Cabugí", e agora em 2011, lançam o novo CD titulado "Além da razão – Ao Vivo". Já tocaram em diversos lugares do Brasil, mas o auge da carreira dos Meirinhos foi o convite que surgiu para tocarem em Lisboa, Portugal, e a realização de uma turnê pela Europa.



domingo, 2 de outubro de 2011

Xeque Mate reprisará a entrevista com o Prof. Arnon de Andrade



Por Laura Felipe


Desde cedo tendo contato com a comunicação e educação, o professor Arnon de Andrade foi matriculado por seu pai no programa “A Hora da Criança”, onde eram produzidos materiais radiofônicos e teatrais, permanecendo ativo no projeto até os 19 anos. Sua trajetória o leva a afirmar que não escolheu sua profissão, e sim que ela o escolheu, dando mostra do quão grande é o seu envolvimento com a comunicação e a docência.

No golpe militar de 64, Arnon trabalhava na Petrobrás e foi demitido do cargo, por ser responsável por um jornal sindical de esquerda na empresa. Antes do golpe porém, como militante do Sindicato dos Jornaleiros, organizou a primeira greve da história da Petrobrás. Após sua demissão, cursou na UFBA o curso de Psicologia da Educação.

Influenciado por sua mãe, uma professora, e já atuando como tal, em 1971, Arnon de Andrade se especializou em Produção de Televisão Educativa e fez mestrado em Tecnologia Educacional, ambos no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No mesmo ano se engajou como coordenador do projeto SACI de teleducação, cujos experimentos realizados no RN resultaram em 72 na atual TV Universitária, com sede em Natal. Como a primeira emissora geradora de televisão do Estado, a TV Universitária foi importante ao produzir programas sobre os fatos locais, ocasionando uma identificação da população. Nessa época, Arnon foi diretor geral da TVU.

Nessa sexta, nosso entrevistado abordará sua experiência como comunicador e educador, além de outros temas como: o conteúdo da TV pública e privada, o poder da TV e sua função como meio de entretenimento.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A ética no jornalismo investigativo

      O jornalismo, a princípio, surgiu como uma ferramenta de divulgação de informação à sociedade. Por isso mesmo, os profissionais da área são considerados formadores de opinião, e com isso devem, acima de tudo, primar pela informação correta,bem apurada e de interesse geral, para que não seja ferida a ética no trabalho.
    Baseado nisso, o interesse próprio de pessoas ligadas ao jornalismo não pode, em hipótese alguma, interferir no funcionamento do trabalho de um jornalista.
   No jornalismo investigativo, no qual o contato com pessoas é mais fortemente percebido, o cuidado com o que é dito deve ser redobrado, sempre pensando na veracidade da informação, atrelada a imagem das pessoas envolvidas, visando não ferir o código de ética da profissão. Por pior que seja, nessa vertente do jornalismo, é muito comum vermos programas sensacionalistas, onde os mais variados absurdos acontecem
sem nenhum senso de ética, por exemplo, é prache vermos um apresentador fazendo papel de justiçeiro, e sem nem mesmo ter provas concretas, acusar pessoas de crimes horrendos, ou até, presenciarmos brincadeiras de mal gosto feitas em cima de casos realmente sérios, onde existem provas concretas e onde o respeito deveria reinar soberano. E tudo isso sempre em nome do Ibope.
   O jornalismo investigativo é necessário à sociedade, pois além de informar os crimes acontecidos de forma séria e profissional, vai além e investiga por si só quando o próprio poder público desiste e deixa de lado certas ocorrências por um motivo ou outro. Esse jornalismo sério é o que todos querem ver, e não esse circo que estão armando por aí, achando que nós, telespectadores, leitores ou ouvintes, somos os palhaços.

Por Alexandre Filho

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Brega:estilo ou gênero?

Nordeste. O berço da cultura brega no Brasil. É aqui que esse “estilo musical”, se é que podemos dizer assim, cresce e se renova. A nossa região, terra de lendas do calibre de Reginaldo Rossi, Falcão e Gilliard, até hoje é famosa por dar ao cenário musical brasileiro os principais nomes desse irreverente estilo.
É nesse ponto onde se cria uma discussão: o brega é um estilo ou uma variação de outros estilos? Pois bem. Vamos às respostas. Na maioria dos casos, o brega é definido como um estilo, um ritmo típico. Entretanto, no Brasil, temos diversos grupos musicais que podem muito bem serem descritos como em outros estilos, mas que por alguma questão (na maioria das vezes mercadológica) se auto-definem como bandas de brega.
Quem não lembra da banda de rock Mamonas Assassinas, com seu meteórico sucesso na década de 1990? O grupo da cidade de Garulhos variava desde o heavy metal até o forró, porém, muitos críticos musicais definem os meninos como um grupo de brega. Mas qual a semelhança musical entre Mamonas Assassinas e Reginaldo Rossi? Provavelmente nenhuma. Alguns tentarão relacionar, então, o grupo com o “estilo” do cantor Falcão, devido às roupas extravagantes. Mas musicalmente, não existe semelhança alguma.
O brega está longe de ser um estilo. Ele está muito mais ligado ao gênero, há algo que pode ser explorado com diversos estilos, daí a versatilidade dos músicos da banda goiana Pedra Letícia, que viaja do rock’n’roll dos Beatles até ao próprio Reginaldo Rossi. O brega é, antes de qualquer coisa, uma variação, uma ferramenta para os mais diversos estilos musicais, e isso faz o seu sucesso na região do Brasil onde mais existe a versatilidade.


Por Arthur Barbalho

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Natal em obras

Natal foi escolhida para sediar dois jogos na Copa do Mundo de futebol em 2014, para isso nossa cidade terá que destruir o Machadão e construir um estádio novo e maior, o Arena das Dunas.
Para começarem a construção foram feitas licitações, mas no final de 2010, quando iam decidir qual a construtora a se responsabilizar pelas obras, quase perdemos a Copa devido à falta de interessados.
No dia 02 de março deste ano a empresa OAS foi escolhida para construir o estádio, porém as obras ainda nem começaram, segundo o Secretario da Copa, Demétrio Torres, isso não afetará à entrega do estádio no prazo final.
Nesta última quarta-feira, 15, a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória 527, que promove mudanças nas regras de licitações das obras dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, essa medida criou o RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que tem o poder de transpor antigas exigências das licitações atuais, tal como a apresentação de projetos prévios pelas construtoras. Com a mudança, o Governo não precisa mais enviar um projeto definitivo antes do início das obras.
A forma de seleção das empreiteiras também foi alterada, só será realizada após o envio das propostas, antes da qualificação das empresas. A medida visa que assim, a burocracia no processo seja reduzida, tendo em vista que somente será analisada a proposta da empresa escolhida.
Além disso, as empreiteiras responsáveis pela obra não necessitam mais divulgar os orçamentos para os órgãos de controle que fiscalizam os trabalhos. Com a mudança, não será possível saber se as melhorias para a Copa de 2014 estourarão ou não o orçamento pré-estipulado. Ou seja, como prometido, essas obras serão transparentes... Tão transparentes quanto o petróleo.
Cada cidade-sede possui um Comitê Popular da Copa que tem como objetivo fiscalizar as obras para a copa, as ações realizadas, bem como os recursos utilizados, representando os interesses da sociedade. Com essa nova medida não poderemos supervisionar as obras, nem saber o quanto mais extrapolaram nos investimentos.








Por Caroline Bittencourt

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O programa Xeque Mate de hoje entrevista a jornalista e consultora de moda Gladis Vivane

Formada em jornalismo pela UFRN, Gladis Vivane estudou moda em Firenze, na Itália.

Ela edita a Revista Salto Agulha, uma publicação que mostra a moda de uma maneira diferente das outras publicações na capital potiguar.

Além disso, Gladis mantém o blog “Salto Agulha”, cujo objetivo é divulgar a moda como manifestação artística.

Durante sua participação no Xeque Mate, Gladis falou sobre os padrões estabelecidos pela moda, a geração de emprego e renda desta indústria e as questões ambientais que envolvem a produção de moda mundo.

Para ela, o universo fashion vai além das passarelas e dos editoriais de moda que aparecem apenas com o objetivo de vender produtos. Durante o bate papo com os entrevistadores do XM, Gladis deixou claro que para ela, a moda não está relacionada com o lado frívolo da vida. Ela dialoga com temas como política, antropologia, arte, literatura, cinema – enfim, a sociedade como um todo.
 
O mercado de moda em Natal também foi assunto tratado no programa. E segundo Gladis Vivane, “em Natal as pessoas se vestem igual”. Será isso mesmo? Ou elas apenas seguem os ditames da indústria da moda?

Gladis também falou sobre a relação entre jornalismo, internet e moda. A proliferação de blogs sobre o tema mais ajudam ou atrapalham?

Para saber mais sobre esses temas e conhecer o trabalho da jornalista e consultora de moda Gladis Vivane, assista ao Programa Xeque Mate, hoje, às 19h30, na TV Universitária. O programa será reprisado na segunda-feira, às 12h.


Por Kédma Araújo

Qual o significado da moda

Os seres humanos desde o começo passaram a se cobrir com peles de animais para se proteger do clima e, com o tempo, essa proteção foi se tornando cada vez mais sinônimo de poder e status.

Na época bizantina dava-se valor, por exemplo, às roupas na cor roxa, pois essa cor era derivada de um pigmento muito raro que só a nobreza tinha condições de adquirir.

Desde então a moda evoluiu, deixou de refletir apenas poder e status e passou a transmitir a identidade do usuário, mostrando sua personalidade e até mesmo o que ele deseja transmitir às outras pessoas.

Ela é muito mais que tecido e modelos bonitas na passarela, é a forma que encontramos para nos diferenciar uns dos outros, exteriorizando nossa identidade e afirmar a individualidade de cada um de nós.






Por Caroline Bittencourt

terça-feira, 7 de junho de 2011

O que é a indústria da moda?




Apesar de a moda ser um tema sempre associado a um aspecto elitista e fútil, existe algo muito mais profundo por debaixo do universo fashion. Se a mídia trata a moda com superficialidade, é preciso um olhar mais atento para observar que a ela é um instrumento cultural, econômico e político muito mais complexo do que se apresenta.


A moda nem sempre existiu. Foi fruto de uma revolução cultural que veio a se manifestar já no século XIV. Os povos primitivos não possuíam senso estético individual, as vestimentas serviam para preservar a tradição com o olhar para o passado dos ancestrais, ou seja, a roupa representava uma coletividade. Quando a burguesia européia foi tomada por desejo de novidades, os trajes adquiriram contornos de gênero: roupas diferentes para homens e mulheres.


Durante os séculos seguintes, a moda era algo que existia exclusivamente nas classes dominantes, mas as transformações socioeconômicas que viriam acontecer do século XVIII em diante, traria a moda para outras camadas da sociedade européia. A revolução industrial que se expandiu pelo globo no século XIX, varreu a moda para todas as classes, transformando-a em um poderoso bem de consumo.


O século XX então viu a magnífica ascensão dessa industria. A consolidação da alta costura e da confecção industrial construiu uma forte identidade sobre o mundo da moda e ampliou sua influencia para vários setores a reboque da popularização dos meios de comunicação de massa – em especial o cinema - que disseminou o ideário da moda como produto a ser renovado rapidamente para se adequar as demandas.


A indústria da moda representa um grande circulo que vai desde a obtenção de obra-prima, seja de origem animal ou vegetal, o design, a manufatura, a exposição e a venda. Dentro desse processo, cabem manifestos políticos: um tecido ser preterido a outro por questões de geopolítica; econômicos: a crise mundial encurtou as roupas para reduzir o material gasto; culturais: demonstrar o pertencimento a um grupo ou classe social; geográficos: roupas mais pesadas para sobreviver ao frio, e etc.

Hoje em dia a indústria da moda movimenta quantias exorbitantes por ano, e gera centena de milhares de emprego. De olho nesse mercado crescente, é necessário especializar-se e para tanto surgem vários cursos de ensino superior voltados à moda pelo mundo. No Brasil – 5º maior parque têxtil do mundo - estima-se que se movimente 136 bilhões de reais* em 2011. E por mais que se imagine, a maior fatia desse mercado não são das roupas de luxo, mas sim das vestimentas e acessórios adquiridos pela classe média, que representam 81%* dos consumidores.

* Fonte: IBOPE
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=6ABF5A1242185C53832578300060335E

sábado, 4 de junho de 2011

O Xeque Mate de hoje apresenta uma entrevista com o educador, psicólogo e filósofo Daniel Munduruku

Ele é índio da aldeia Munduruku (localizada em diferentes territórios dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso) e se destaca pela luta em defesa dos direitos do povo indígena.


Entre suas principais bandeiras estão a conscientização dos brancos sobre o universo do índio, a instituição de uma educação bilíngüe para os indígenas e mais acesso deles aos meios tecnológicos visando uma integração com o resto da sociedade.
                            
E para alcançar seu objetivo, Daniel Munduruku usa os livros. Ele é autor de mais de 40 títulos que retratam o imaginário indígena. Suas obras mostram o cotidiano, as crenças e rituais dos povos que habitavam o Brasil antes da colonização. Essas publicações são em sua maioria voltadas ao público infantil e juvenil.

Como escritor, Daniel Munduruku já ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Jabuti, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, e o Prêmio Tolerância (concedido pela UNESCO).

Durante a entrevista, ele também falou sobre o seu novo livro “Mundurukando”, que trata da cultura dos povos indígenas brasileiros nos dias atuais.

Além disso, os entrevistadores do Xeque Mate trataram de temas como as contribuições da cultura indígena para os brasileiros, os prejuízos da colonização em relação ao índio, e as posições do Estado brasileiro em relação a questão indígena. Os temas atuais como as ações da Fundação Nacional do Índio – FUNAI e o impacto das Obras do PAC na Amazônia também foram debatidos.

Para conhecer melhor as idéias de Daniel Munduruku, assista ao programa Xeque Mate, hoje, às 19h30, na TV Universitária.

Por Kédma Araújo

sábado, 28 de maio de 2011

O Programa Xeque Mate desta sexta-feira entrevista os criadores e responsáveis pelo site Carta Potiguar, David Rêgo e Daniel Menezes.




A Carta Potiguar pretende preencher a lacuna do pensamento crítico no jornalismo potiguar. Segundo seus idealizadores, “é um espaço para questões não contempladas pela mídia tradicional. Os textos publicados no www.cartapotiguar.com.br são baseados no que já foi publicado nos jornais locais, só que com outra visão”.

O site surgiu em 2010, durante as Eleições e com a utilização do Twitter, tornou-se conhecido de muita gente que buscava uma análise mais apurada das notícias.

Esse tipo de site faz jornalismo? O jornalismo alternativo é mesmo independente? O site tem patrocinadores. Mesmo assim, é possível ser imparcial? Questões como essas foram respondidas por David Rêgo e Daniel Menezes.

Eles também falaram sobre a manipulação das informações por parte da mídia, sobre as redes sociais e o futuro da comunicação e sobre o futuro do site Carta Potiguar. Dá para crescer fazendo jornalismo alternativo em Natal?

Os entrevistadores do Xeque-Mate também abordaram temas como políticos e emissoras públicas de comunicação.



Um dos momentos mais marcantes do programa foi a conversa sobre os personagens Gadelha Junio e Pinta Natalense, que fazem parte do site e são sucesso entre os internautas da cidade.


Por Kédma Araújo

O mundo virtual e as mídias alternativas: coletividade, colaboração e democracia.

O conceito de mídias alternativas surgiu como uma expressão marginal dentro da esfera dos meios de comunicação de massa há quatro décadas. Inicialmente usado para designar toda plataforma de comunicação popularesca, descentralizada e sem recursos, muito longe do grande panteão da mídia – Rádio, jornais, TV – o termo foi se expandindo a cada novos instrumentos que surgiam.


Se há pouco tempo atrás o carro de som, o fanzine, o Outdoor, a arte de rua e até mesmo a lista telefônica eram os meios por quais se comunicavam alternativamente, a consolidação da rede mundial de computadores gerou um panorama diferente. O imediatismo e a interatividade aliados a uma rica fonte de informações fez da internet o zênite das mídias alternativas: blogs, redes sociais, compartilhadores e dispositivos de troca de mensagens se configuraram como instrumentos poderosos que ameaçam a estabilidade da mídia convencional.


Há quem diga que o modelo tradicional de jornalismo esteja com os dias contados. As redações e linhas editoriais darão espaço para o Jornalismo 2.0, feito de forma coletiva e colaborativa através da rede. A TV digital e suas camadas de informação – em tese – podem fomentar a construção de conteúdo de forma colaborativa, onde consumidores também desempenhariam o papel de produtores.


Mas enquanto essas promessas não se tornam realidade, as mídias alternativas vão ganhando força dentro da rede. Dentre os fenômenos recentes, o Wikileaks (http://wikileaks.org/) conseguiu deflagrar documentos com segredos militares e manobras escusas de vários governos, incluindo ai informações ultra-secretas do Pentágono. Para esse expediente, a coletividade foi fundamental para as investigações, inaugurando um estilo derivado do croundsourcing (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs.asp?id_blog=2&id={FCB7391B-3ACA-4E58-A4B7-A872631435F0}). Outro sucesso recente é a rede Avaaz (http://www.avaaz.org/po/), uma comunidade virtual que organiza e articula campanhas a favor dos interesses da sociedade civil como forma de pressionar autoridades e possui larga adesão ao redor do globo. Aqui no Brasil, esse modelo de mídia alternativa é representado pelo Centro de Mídia independente (http://www.midiaindependente.org/) que publica diariamente dezenas de artigos colaborativos sobre os mais variados assuntos sempre voltados para demandas sociais eminentes.


A liberdade e o pluralismo da rede são elementos chaves para o progresso dessas mídias alternativas, mas é necessário que o interesse coletivo não seja sobrepujado por interesses individuais: o mal que assola a mídia tradicional. É necessário também expandir o acesso a rede, algo que ainda caminha a passos lentos. Em um futuro próximo poderemos presenciar uma transição comunicativa tão grande quanto a que Marshall Macluhan descreve em “Galáxia de Gutenberg”, quando o surgimento da imprensa revolucionou o modo como as informações passaram a ser difundidas e compartilhadas no mundo e as conseqüências sócio-culturais dessa transformação. A boa notícia é que as primeiras fichas em direção a democratização da informação já foram lançadas e as mídias alternativas são um dos principais sintomas disso.

Por Emanuel Diniz

terça-feira, 24 de maio de 2011

O programa Xeque-Mate entrevista Vitor Onofre




Os movimentos sociais e como eles podem transformar a realidade das comunidades carentes do Brasil. Esse foi o tema abordado no Programa Xeque Mate desta sexta-feira, 20 de maio de 2011, que recebeu o assessor administrativo do Grupo AfroReggae, Vitor Onofre.

Vitor começou no AfroReggae aos treze anos, e como muitas crianças e adolescentes atendidos pelo projeto teve sua vida mudada. Ele entrou inicialmente fazendo oficinas de percussão, teatro e capoeira. E mais tarde, tornou-se componente e assessor da Trupe da Saúde, até chegar ao posto de assessor administrativo.

Durante sua entrevista, Vitor Onofre falou sobre as atividades do grupo AfroReggae e deu exemplos de como essas ações têm mudado a vida de jovens que vivem nas comunidades atendidas pelo projeto.

Preconceito e a relação dos moradores com a polícia e os traficantes de drogas que usam os morros cariocas como espaço de ‘trabalho’ também foram temas abordados por Vitor e pelos entrevistadores do Xeque Mate.

Por Kédma Araújo

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Projetos de Extensão, aproximando a sociedade da universidade

 A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, PROEX/UFRN, foi criada com o objetivo de desenvolver ações que estabelecesse relações entre a universidade e a sociedade. Tornando-se desta forma o espaço de síntese entre o fazer universitário e a realidade social. A política de extensão universitária da UFRN desenvolve suas ações contemplando as áreas temáticas de Saúde, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Tecnologia e Produção, Cultura, Meio Ambiente e Comunicação.
Atualmente as ações de extensão são desenvolvidas por docentes, alunos e servidores técnico-administrativos, vinculados às Unidades Acadêmicas, e traduzem o compromisso social da Universidade, manifestado na prestação de serviços e numa atuação conjunta, com entidades governamentais e da sociedade civil, na busca de um fazer acadêmico mais integrado à realidade social.
Estas atividades são financiadas com recursos orçamentários, alocados no Fundo de Apoio a Extensão, FAEX; no Programa de Bolsas; e no apoio a publicações acadêmicas e a grupos culturais. O apoio a projetos, programas, eventos e demais ações se faz via edital público e mediante analise do Comitê de Extensão.
A PROEX objetiva promover uma inserção qualificada das atividades de extensão em todos os cursos, numa perspectiva interdisciplinar e em sintonia com as atividades de ensino e pesquisa. Com isso espera-se alcançar a meta preconizada no Plano Nacional de Educação, de realizar, pelo menos, 10% da formação acadêmica em atividades de extensão.

Por Caroline Bittencourt
Foto: Kédma Araújo