sábado, 28 de maio de 2011

O Programa Xeque Mate desta sexta-feira entrevista os criadores e responsáveis pelo site Carta Potiguar, David Rêgo e Daniel Menezes.




A Carta Potiguar pretende preencher a lacuna do pensamento crítico no jornalismo potiguar. Segundo seus idealizadores, “é um espaço para questões não contempladas pela mídia tradicional. Os textos publicados no www.cartapotiguar.com.br são baseados no que já foi publicado nos jornais locais, só que com outra visão”.

O site surgiu em 2010, durante as Eleições e com a utilização do Twitter, tornou-se conhecido de muita gente que buscava uma análise mais apurada das notícias.

Esse tipo de site faz jornalismo? O jornalismo alternativo é mesmo independente? O site tem patrocinadores. Mesmo assim, é possível ser imparcial? Questões como essas foram respondidas por David Rêgo e Daniel Menezes.

Eles também falaram sobre a manipulação das informações por parte da mídia, sobre as redes sociais e o futuro da comunicação e sobre o futuro do site Carta Potiguar. Dá para crescer fazendo jornalismo alternativo em Natal?

Os entrevistadores do Xeque-Mate também abordaram temas como políticos e emissoras públicas de comunicação.



Um dos momentos mais marcantes do programa foi a conversa sobre os personagens Gadelha Junio e Pinta Natalense, que fazem parte do site e são sucesso entre os internautas da cidade.


Por Kédma Araújo

O mundo virtual e as mídias alternativas: coletividade, colaboração e democracia.

O conceito de mídias alternativas surgiu como uma expressão marginal dentro da esfera dos meios de comunicação de massa há quatro décadas. Inicialmente usado para designar toda plataforma de comunicação popularesca, descentralizada e sem recursos, muito longe do grande panteão da mídia – Rádio, jornais, TV – o termo foi se expandindo a cada novos instrumentos que surgiam.


Se há pouco tempo atrás o carro de som, o fanzine, o Outdoor, a arte de rua e até mesmo a lista telefônica eram os meios por quais se comunicavam alternativamente, a consolidação da rede mundial de computadores gerou um panorama diferente. O imediatismo e a interatividade aliados a uma rica fonte de informações fez da internet o zênite das mídias alternativas: blogs, redes sociais, compartilhadores e dispositivos de troca de mensagens se configuraram como instrumentos poderosos que ameaçam a estabilidade da mídia convencional.


Há quem diga que o modelo tradicional de jornalismo esteja com os dias contados. As redações e linhas editoriais darão espaço para o Jornalismo 2.0, feito de forma coletiva e colaborativa através da rede. A TV digital e suas camadas de informação – em tese – podem fomentar a construção de conteúdo de forma colaborativa, onde consumidores também desempenhariam o papel de produtores.


Mas enquanto essas promessas não se tornam realidade, as mídias alternativas vão ganhando força dentro da rede. Dentre os fenômenos recentes, o Wikileaks (http://wikileaks.org/) conseguiu deflagrar documentos com segredos militares e manobras escusas de vários governos, incluindo ai informações ultra-secretas do Pentágono. Para esse expediente, a coletividade foi fundamental para as investigações, inaugurando um estilo derivado do croundsourcing (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs.asp?id_blog=2&id={FCB7391B-3ACA-4E58-A4B7-A872631435F0}). Outro sucesso recente é a rede Avaaz (http://www.avaaz.org/po/), uma comunidade virtual que organiza e articula campanhas a favor dos interesses da sociedade civil como forma de pressionar autoridades e possui larga adesão ao redor do globo. Aqui no Brasil, esse modelo de mídia alternativa é representado pelo Centro de Mídia independente (http://www.midiaindependente.org/) que publica diariamente dezenas de artigos colaborativos sobre os mais variados assuntos sempre voltados para demandas sociais eminentes.


A liberdade e o pluralismo da rede são elementos chaves para o progresso dessas mídias alternativas, mas é necessário que o interesse coletivo não seja sobrepujado por interesses individuais: o mal que assola a mídia tradicional. É necessário também expandir o acesso a rede, algo que ainda caminha a passos lentos. Em um futuro próximo poderemos presenciar uma transição comunicativa tão grande quanto a que Marshall Macluhan descreve em “Galáxia de Gutenberg”, quando o surgimento da imprensa revolucionou o modo como as informações passaram a ser difundidas e compartilhadas no mundo e as conseqüências sócio-culturais dessa transformação. A boa notícia é que as primeiras fichas em direção a democratização da informação já foram lançadas e as mídias alternativas são um dos principais sintomas disso.

Por Emanuel Diniz

terça-feira, 24 de maio de 2011

O programa Xeque-Mate entrevista Vitor Onofre




Os movimentos sociais e como eles podem transformar a realidade das comunidades carentes do Brasil. Esse foi o tema abordado no Programa Xeque Mate desta sexta-feira, 20 de maio de 2011, que recebeu o assessor administrativo do Grupo AfroReggae, Vitor Onofre.

Vitor começou no AfroReggae aos treze anos, e como muitas crianças e adolescentes atendidos pelo projeto teve sua vida mudada. Ele entrou inicialmente fazendo oficinas de percussão, teatro e capoeira. E mais tarde, tornou-se componente e assessor da Trupe da Saúde, até chegar ao posto de assessor administrativo.

Durante sua entrevista, Vitor Onofre falou sobre as atividades do grupo AfroReggae e deu exemplos de como essas ações têm mudado a vida de jovens que vivem nas comunidades atendidas pelo projeto.

Preconceito e a relação dos moradores com a polícia e os traficantes de drogas que usam os morros cariocas como espaço de ‘trabalho’ também foram temas abordados por Vitor e pelos entrevistadores do Xeque Mate.

Por Kédma Araújo

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Projetos de Extensão, aproximando a sociedade da universidade

 A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, PROEX/UFRN, foi criada com o objetivo de desenvolver ações que estabelecesse relações entre a universidade e a sociedade. Tornando-se desta forma o espaço de síntese entre o fazer universitário e a realidade social. A política de extensão universitária da UFRN desenvolve suas ações contemplando as áreas temáticas de Saúde, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Tecnologia e Produção, Cultura, Meio Ambiente e Comunicação.
Atualmente as ações de extensão são desenvolvidas por docentes, alunos e servidores técnico-administrativos, vinculados às Unidades Acadêmicas, e traduzem o compromisso social da Universidade, manifestado na prestação de serviços e numa atuação conjunta, com entidades governamentais e da sociedade civil, na busca de um fazer acadêmico mais integrado à realidade social.
Estas atividades são financiadas com recursos orçamentários, alocados no Fundo de Apoio a Extensão, FAEX; no Programa de Bolsas; e no apoio a publicações acadêmicas e a grupos culturais. O apoio a projetos, programas, eventos e demais ações se faz via edital público e mediante analise do Comitê de Extensão.
A PROEX objetiva promover uma inserção qualificada das atividades de extensão em todos os cursos, numa perspectiva interdisciplinar e em sintonia com as atividades de ensino e pesquisa. Com isso espera-se alcançar a meta preconizada no Plano Nacional de Educação, de realizar, pelo menos, 10% da formação acadêmica em atividades de extensão.

Por Caroline Bittencourt
Foto: Kédma Araújo

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O padrão de beleza e suas conseqüências

Por Caroline Bittencourt


O conceito de beleza muda sempre ao longo dos anos. Na antiguidade, uma mulher era bela se fosse robusta, transparecendo saúde, boa alimentação e reprodução. Com o passar do tempo e com o surgimento dos desfiles, a moda era ser magra, quase esquelética. Com todas essas mudanças, o que é realmente beleza? Como podemos definir se uma coisa ou pessoa é bela ou não?

Beleza é algo cultural, em diferentes cantos do globo podemos comprovar isso. Na China, serão bonitas as mulheres orientais, brancas e de pés pequenos. Já no Ocidente, são bonitas as altas e esbeltas. Em cada lugar ela reflete algo diferente, mas em todos eles há pessoas insatisfeitas com o próprio corpo tentando atingir o padrão imposto pela sociedade.

A padronização da beleza e sua divulgação na mídia, seja através de propagandas ou da veiculação de concursos, levam as mulheres e garotas comuns, que não tem como alcançar esse padrão a recorrer a extremos, como plásticas e até mesmo distúrbios alimentares.

Anorexia e bulimia têm sido alguns dos temas mais debatidos da atualidade. O fato de garotas e mulheres estarem na busca inalcançável do corpo perfeito assusta pais e familiares, pois até modelos se submetem a isso. Assim, muitos estudiosos chegaram à conclusão do que a baixa auto-estima dessas garotas é fruto do padrão imposto pela mídia e sociedade.

Por mais se altere de um lugar para outro, de uma época para outra, de uma raça para outra, beleza será sempre conceitual. E o que se conclui e que os conceitos de beleza moldaram e moldam as sociedades atuais, ditam o que usar e não usar, o que comer, o que vestir... Enquanto o mundo for mundo, e principalmente, globalizado, os padrões do que é belo vão estar sempre mundando. E esperamos que seja para melhor.








quarta-feira, 4 de maio de 2011

Miss Universo: sua importância em diferentes culturas.

Ao longo dos anos, os concursos de beleza veem crescendo ao redor do mundo. Desde 1926, esses espetáculos encantam o mundo, tanto pela beleza das candidatas como pela sua organização.
Estima-se hoje, que os concursos de miss tenham uma audiência média de cerca de 600 milhões de telespectadores, algo em torno de 10% da população mundial, o que implica pensar na forma como diversas culturas encaram o concurso de Miss Universo.


Países como Estados Unidos e Venezuela, por exemplo, tem o concurso de Miss como algo cultural. É comum nesses países a miss ganhar o status de símbolo nacional principalmente na Venezuela, onde por vezes a vencedora do concurso nacional representa o governo em eventos a nível mundial. No caso da Venezuela, a história ganha ainda mais importância. No país, marcado por um eterno governo regido por Hugo Chávez, a miss representa a verdadeira identidade nacional.
No Brasil, os concursos tiveram seu ápice na década de 1960. Transmitidos pela TV Tupi, os concursos eram uma espécie de coringa da emissora. Tenha uma excelente audiência, e ainda contava com o apoio do governo. Com a ditadura militar e transferência da sede do concurso para Brasília, o Miss Brasil entrou em um período de decadência, que culminou coma ausência do país no Miss Universo de 1990.

De lá para cá, os concurso só tem crescido ao redor no mundo. No Brasil, tem havido uma revitalização do evento desde 1993, e espera-se que agora o concurso ganhe a mesma importância que tinha na época de Marta Rocha, na década de 1950. Resta esperar para vermos se realmente terá a mesma grandeza, como ocorre na Venezuela.





Por Arthur Barbalho