sexta-feira, 17 de junho de 2011

Natal em obras

Natal foi escolhida para sediar dois jogos na Copa do Mundo de futebol em 2014, para isso nossa cidade terá que destruir o Machadão e construir um estádio novo e maior, o Arena das Dunas.
Para começarem a construção foram feitas licitações, mas no final de 2010, quando iam decidir qual a construtora a se responsabilizar pelas obras, quase perdemos a Copa devido à falta de interessados.
No dia 02 de março deste ano a empresa OAS foi escolhida para construir o estádio, porém as obras ainda nem começaram, segundo o Secretario da Copa, Demétrio Torres, isso não afetará à entrega do estádio no prazo final.
Nesta última quarta-feira, 15, a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória 527, que promove mudanças nas regras de licitações das obras dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, essa medida criou o RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que tem o poder de transpor antigas exigências das licitações atuais, tal como a apresentação de projetos prévios pelas construtoras. Com a mudança, o Governo não precisa mais enviar um projeto definitivo antes do início das obras.
A forma de seleção das empreiteiras também foi alterada, só será realizada após o envio das propostas, antes da qualificação das empresas. A medida visa que assim, a burocracia no processo seja reduzida, tendo em vista que somente será analisada a proposta da empresa escolhida.
Além disso, as empreiteiras responsáveis pela obra não necessitam mais divulgar os orçamentos para os órgãos de controle que fiscalizam os trabalhos. Com a mudança, não será possível saber se as melhorias para a Copa de 2014 estourarão ou não o orçamento pré-estipulado. Ou seja, como prometido, essas obras serão transparentes... Tão transparentes quanto o petróleo.
Cada cidade-sede possui um Comitê Popular da Copa que tem como objetivo fiscalizar as obras para a copa, as ações realizadas, bem como os recursos utilizados, representando os interesses da sociedade. Com essa nova medida não poderemos supervisionar as obras, nem saber o quanto mais extrapolaram nos investimentos.








Por Caroline Bittencourt

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O programa Xeque Mate de hoje entrevista a jornalista e consultora de moda Gladis Vivane

Formada em jornalismo pela UFRN, Gladis Vivane estudou moda em Firenze, na Itália.

Ela edita a Revista Salto Agulha, uma publicação que mostra a moda de uma maneira diferente das outras publicações na capital potiguar.

Além disso, Gladis mantém o blog “Salto Agulha”, cujo objetivo é divulgar a moda como manifestação artística.

Durante sua participação no Xeque Mate, Gladis falou sobre os padrões estabelecidos pela moda, a geração de emprego e renda desta indústria e as questões ambientais que envolvem a produção de moda mundo.

Para ela, o universo fashion vai além das passarelas e dos editoriais de moda que aparecem apenas com o objetivo de vender produtos. Durante o bate papo com os entrevistadores do XM, Gladis deixou claro que para ela, a moda não está relacionada com o lado frívolo da vida. Ela dialoga com temas como política, antropologia, arte, literatura, cinema – enfim, a sociedade como um todo.
 
O mercado de moda em Natal também foi assunto tratado no programa. E segundo Gladis Vivane, “em Natal as pessoas se vestem igual”. Será isso mesmo? Ou elas apenas seguem os ditames da indústria da moda?

Gladis também falou sobre a relação entre jornalismo, internet e moda. A proliferação de blogs sobre o tema mais ajudam ou atrapalham?

Para saber mais sobre esses temas e conhecer o trabalho da jornalista e consultora de moda Gladis Vivane, assista ao Programa Xeque Mate, hoje, às 19h30, na TV Universitária. O programa será reprisado na segunda-feira, às 12h.


Por Kédma Araújo

Qual o significado da moda

Os seres humanos desde o começo passaram a se cobrir com peles de animais para se proteger do clima e, com o tempo, essa proteção foi se tornando cada vez mais sinônimo de poder e status.

Na época bizantina dava-se valor, por exemplo, às roupas na cor roxa, pois essa cor era derivada de um pigmento muito raro que só a nobreza tinha condições de adquirir.

Desde então a moda evoluiu, deixou de refletir apenas poder e status e passou a transmitir a identidade do usuário, mostrando sua personalidade e até mesmo o que ele deseja transmitir às outras pessoas.

Ela é muito mais que tecido e modelos bonitas na passarela, é a forma que encontramos para nos diferenciar uns dos outros, exteriorizando nossa identidade e afirmar a individualidade de cada um de nós.






Por Caroline Bittencourt

terça-feira, 7 de junho de 2011

O que é a indústria da moda?




Apesar de a moda ser um tema sempre associado a um aspecto elitista e fútil, existe algo muito mais profundo por debaixo do universo fashion. Se a mídia trata a moda com superficialidade, é preciso um olhar mais atento para observar que a ela é um instrumento cultural, econômico e político muito mais complexo do que se apresenta.


A moda nem sempre existiu. Foi fruto de uma revolução cultural que veio a se manifestar já no século XIV. Os povos primitivos não possuíam senso estético individual, as vestimentas serviam para preservar a tradição com o olhar para o passado dos ancestrais, ou seja, a roupa representava uma coletividade. Quando a burguesia européia foi tomada por desejo de novidades, os trajes adquiriram contornos de gênero: roupas diferentes para homens e mulheres.


Durante os séculos seguintes, a moda era algo que existia exclusivamente nas classes dominantes, mas as transformações socioeconômicas que viriam acontecer do século XVIII em diante, traria a moda para outras camadas da sociedade européia. A revolução industrial que se expandiu pelo globo no século XIX, varreu a moda para todas as classes, transformando-a em um poderoso bem de consumo.


O século XX então viu a magnífica ascensão dessa industria. A consolidação da alta costura e da confecção industrial construiu uma forte identidade sobre o mundo da moda e ampliou sua influencia para vários setores a reboque da popularização dos meios de comunicação de massa – em especial o cinema - que disseminou o ideário da moda como produto a ser renovado rapidamente para se adequar as demandas.


A indústria da moda representa um grande circulo que vai desde a obtenção de obra-prima, seja de origem animal ou vegetal, o design, a manufatura, a exposição e a venda. Dentro desse processo, cabem manifestos políticos: um tecido ser preterido a outro por questões de geopolítica; econômicos: a crise mundial encurtou as roupas para reduzir o material gasto; culturais: demonstrar o pertencimento a um grupo ou classe social; geográficos: roupas mais pesadas para sobreviver ao frio, e etc.

Hoje em dia a indústria da moda movimenta quantias exorbitantes por ano, e gera centena de milhares de emprego. De olho nesse mercado crescente, é necessário especializar-se e para tanto surgem vários cursos de ensino superior voltados à moda pelo mundo. No Brasil – 5º maior parque têxtil do mundo - estima-se que se movimente 136 bilhões de reais* em 2011. E por mais que se imagine, a maior fatia desse mercado não são das roupas de luxo, mas sim das vestimentas e acessórios adquiridos pela classe média, que representam 81%* dos consumidores.

* Fonte: IBOPE
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=6ABF5A1242185C53832578300060335E

sábado, 4 de junho de 2011

O Xeque Mate de hoje apresenta uma entrevista com o educador, psicólogo e filósofo Daniel Munduruku

Ele é índio da aldeia Munduruku (localizada em diferentes territórios dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso) e se destaca pela luta em defesa dos direitos do povo indígena.


Entre suas principais bandeiras estão a conscientização dos brancos sobre o universo do índio, a instituição de uma educação bilíngüe para os indígenas e mais acesso deles aos meios tecnológicos visando uma integração com o resto da sociedade.
                            
E para alcançar seu objetivo, Daniel Munduruku usa os livros. Ele é autor de mais de 40 títulos que retratam o imaginário indígena. Suas obras mostram o cotidiano, as crenças e rituais dos povos que habitavam o Brasil antes da colonização. Essas publicações são em sua maioria voltadas ao público infantil e juvenil.

Como escritor, Daniel Munduruku já ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Jabuti, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, e o Prêmio Tolerância (concedido pela UNESCO).

Durante a entrevista, ele também falou sobre o seu novo livro “Mundurukando”, que trata da cultura dos povos indígenas brasileiros nos dias atuais.

Além disso, os entrevistadores do Xeque Mate trataram de temas como as contribuições da cultura indígena para os brasileiros, os prejuízos da colonização em relação ao índio, e as posições do Estado brasileiro em relação a questão indígena. Os temas atuais como as ações da Fundação Nacional do Índio – FUNAI e o impacto das Obras do PAC na Amazônia também foram debatidos.

Para conhecer melhor as idéias de Daniel Munduruku, assista ao programa Xeque Mate, hoje, às 19h30, na TV Universitária.

Por Kédma Araújo