sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A ética no jornalismo investigativo

      O jornalismo, a princípio, surgiu como uma ferramenta de divulgação de informação à sociedade. Por isso mesmo, os profissionais da área são considerados formadores de opinião, e com isso devem, acima de tudo, primar pela informação correta,bem apurada e de interesse geral, para que não seja ferida a ética no trabalho.
    Baseado nisso, o interesse próprio de pessoas ligadas ao jornalismo não pode, em hipótese alguma, interferir no funcionamento do trabalho de um jornalista.
   No jornalismo investigativo, no qual o contato com pessoas é mais fortemente percebido, o cuidado com o que é dito deve ser redobrado, sempre pensando na veracidade da informação, atrelada a imagem das pessoas envolvidas, visando não ferir o código de ética da profissão. Por pior que seja, nessa vertente do jornalismo, é muito comum vermos programas sensacionalistas, onde os mais variados absurdos acontecem
sem nenhum senso de ética, por exemplo, é prache vermos um apresentador fazendo papel de justiçeiro, e sem nem mesmo ter provas concretas, acusar pessoas de crimes horrendos, ou até, presenciarmos brincadeiras de mal gosto feitas em cima de casos realmente sérios, onde existem provas concretas e onde o respeito deveria reinar soberano. E tudo isso sempre em nome do Ibope.
   O jornalismo investigativo é necessário à sociedade, pois além de informar os crimes acontecidos de forma séria e profissional, vai além e investiga por si só quando o próprio poder público desiste e deixa de lado certas ocorrências por um motivo ou outro. Esse jornalismo sério é o que todos querem ver, e não esse circo que estão armando por aí, achando que nós, telespectadores, leitores ou ouvintes, somos os palhaços.

Por Alexandre Filho

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Brega:estilo ou gênero?

Nordeste. O berço da cultura brega no Brasil. É aqui que esse “estilo musical”, se é que podemos dizer assim, cresce e se renova. A nossa região, terra de lendas do calibre de Reginaldo Rossi, Falcão e Gilliard, até hoje é famosa por dar ao cenário musical brasileiro os principais nomes desse irreverente estilo.
É nesse ponto onde se cria uma discussão: o brega é um estilo ou uma variação de outros estilos? Pois bem. Vamos às respostas. Na maioria dos casos, o brega é definido como um estilo, um ritmo típico. Entretanto, no Brasil, temos diversos grupos musicais que podem muito bem serem descritos como em outros estilos, mas que por alguma questão (na maioria das vezes mercadológica) se auto-definem como bandas de brega.
Quem não lembra da banda de rock Mamonas Assassinas, com seu meteórico sucesso na década de 1990? O grupo da cidade de Garulhos variava desde o heavy metal até o forró, porém, muitos críticos musicais definem os meninos como um grupo de brega. Mas qual a semelhança musical entre Mamonas Assassinas e Reginaldo Rossi? Provavelmente nenhuma. Alguns tentarão relacionar, então, o grupo com o “estilo” do cantor Falcão, devido às roupas extravagantes. Mas musicalmente, não existe semelhança alguma.
O brega está longe de ser um estilo. Ele está muito mais ligado ao gênero, há algo que pode ser explorado com diversos estilos, daí a versatilidade dos músicos da banda goiana Pedra Letícia, que viaja do rock’n’roll dos Beatles até ao próprio Reginaldo Rossi. O brega é, antes de qualquer coisa, uma variação, uma ferramenta para os mais diversos estilos musicais, e isso faz o seu sucesso na região do Brasil onde mais existe a versatilidade.


Por Arthur Barbalho