sexta-feira, 27 de abril de 2012

Em busca da perfeição custe o que custar

Por Jade Moura


Não é de hoje que as mulheres lutam contra o tempo, qualquer indicio de envelhecimento, mesmo que seja uma ruguinha minúscula é motivo para desespero.
A vaidade que sempre esteve presente no universo feminino agora extrapolou barreiras e cada vez mais os homens estão se preocupando com a sua aparência. E é nesta busca pela juventude, do rosto e principalmente do corpo perfeito que homens e mulheres se submetem a cirurgias plásticas.
As cirurgias plásticas se apresentam como a solução mais rápida para pessoas infelizes com sua aparência conquistarem a beleza que tanto almejam. O problema não é fazer cirurgias plásticas, afinal muitas pessoas realmente necessitam de correções estéticas, o problema surge quando pessoas nunca se satisfazem com sua aparência e querem sempre fazer cirurgia. Cirurgia após cirurgia simplesmente por vaidade, um vício que pode causar danos sérios e irreversíveis a saúde. Ao se submeter a um processo cirúrgico o paciente recebe anestesia e fica com o corpo exposto, correndo inúmeros riscos, inclusive de infecção e falência de órgãos. Embora os cirurgiões tomem todas as precauções antes e depois da cirurgia, ainda assim é arriscado.
Mesmo cientes do perigo da banalização das modificações estéticas o numero de cirurgias plásticas cresceu 50% nas ultimas décadas e as cirurgias mais populares são o aumento da mama, lipoaspiração, cirurgia nasal, cirurgia das pálpebras e abdominoplastia, melhorias dos lábios com injeções de preenchimento (o famoso Botox). São tantas cirurgias para escolher que as clinicas de estética se assemelham a “fontes de desejo” para uma pessoa que pode se tornar o modelo perfeito, sem ter de mudar hábitos como se alimentar saudavelmente ou praticar exercícios.
E é para discutir esta sociedade escrava da ditadura da beleza o Xeque-Mate entrevista o Dr. Marco Almeida. Dono da mais famosa clinica de cirurgia estética da cidade, ele esclarece os principais questionamentos a respeito do tema e alerta para os cuidados em escolher um bom profissional cirurgião e os procedimentos adequados para o sucesso cirúrgico e assim o alcance do objetivo desejado.
 


Novo Código Florestal Brasileiro


 Por Bianca Fratus



Sempre que o Código Florestal Brasileiro volta a ser assunto discutido pela população, certamente é por alguma alteração feita neste documento criado para estabelecer limites de uso da propriedade, a qual deve respeitar a vegetação existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil.
Desde o primeiro, estabelecido em 1934 e atualizado em 1965, várias tentativas de flexibilização do Código Florestal Brasileiro têm sido feitas. A última ocorreu no ano passado. Em Maio de 2011, o deputado Aldo Rebelo propôs a votação do projeto do novo Código Florestal Brasileiro.
  As principais diferenças entre o novo Código Florestal e o que está em vigor estão relacionadas a área de terra em que será permitido o desmate, ao reflorestamento dessa área e a punição para quem já desmatou. Segundo o novo texto, as propriedades que utilizam topos de morros e encostas, terrenos conhecidos como APPs, continuam onde estão localizadas, sem serem consideradas irregulares. A polêmica acerca deste novo código reside na suspensão das multas aplicadas a proprietários rurais que desmataram até Julho de 2008. Em contrapartida, eles terão de recompor a área degradada num prazo de 20 anos; Porém somente os grandes agricultores, os pequenos ficam desobrigados de recompor a reserva.
A diminuição da conservação da flora em margens de rios também é outro ponto bastante discutido no novo código, a medida concede ao Governo o privilégio de autorizar plantações nessas áreas.
Após mais de seis horas de discussão, por 59 votos a favor e 7 contra, o novo Código Florestal Brasileiro foi aprovado no Senado em 06 de Dezembro de 2011.

domingo, 1 de abril de 2012

O Brasil Privatizado


Por Caroline Bittencourt

O processo de privatização no Brasil representou uma mudança radical do papel reservado ao Estado na atividade econômica. Desde o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), quando se implantou uma vigorosa política de substituição das importações, ficou assentado que os grandes empreendimentos, de interesse estratégico para o desenvolvimento do país, deveriam ficar sob tutela estatal.
Porém, no governo Collor foi instituído o PND, Programa Nacional de Desestatização, com o qual privatizou 18 empresas, dentre elas a Usiminas e a Companhia Siderúrgica Nacional. Com a posse de Itamar Franco, concluiu-se a privatização de empresas do setor siderúrgico, iniciada por Collor, e foi leiloada a Embraer, que estava a beira da falência, e então as privatizações foram deixadas de lado até o governo FHC.
Com a criação do Conselho Nacional de Desestatização, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), adotou algumas recomendações do Consenso de Washington e do FMI e deixou claro seu propósito de implementar um amplo programa de privatizações.  FHC alegava que o motivo era estabilizar a economia, então empresas públicas produtivas, como a Vale do Rio Doce e a Light, vendidas a preços muito abaixo do que realmente valiam, com financiamento público.
Apesar das tentativas de diminuir a divida externa do país, as privatizações saíram pela culatra, aumentaram as dívidas interna e externa, além do desemprego, e a maioria das empresas está dando muito mais lucros do que na época em que foram privatizadas. A Vale, por exemplo, foi vendida por um valor muito abaixo de mercado, equivalente a menos que ela obtinha por ano em 1995, e hoje, a algo em torno do feito em apenas um trimestre.
Além disso, o processo de privatização esteve envolto em graves suspeitas de corrupção, com acusações de cobrança de propinas milionárias. Causou polêmica, ainda, a intervenção do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, na composição dos grupos que concorriam pela companhia, numa ação vista como decisiva para o resultado final do leilão. Recentemente, esses e outros escândalos envolvendo as privatizações foram denunciados por Amaury Ribeiro Jr. no livro “A Privataria Tucana”.