quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Saúde: um direito de todos


O direito à saúde é parte de um conjunto de direitos sociais, que têm como norte o valor da igualdade entre as pessoas na sociedade. No Brasil, este direito foi reconhecido, apenas, na Constituição Federal de 1988, antes o Estado só disponibilizava atendimento à saúde para trabalhadores com carteira assinada e suas famílias, as outras pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e não como um direito. Durante a Constituinte de 1988 as responsabilidades do Estado são repensadas, e promover a saúde de todos passa a ser uma obrigação:    

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”.
 Constituição Federal de 1988, artigo 196.   

A criação do Sistema Único de Saúde está relacionada à adoção da responsabilidade por parte do Estado. A ideia do SUS é maior do que simplesmente disponibilizar postos de saúde e hospitais para que as pessoas possam acessar quando precisem, mas sim, encaminhando a população, através dos agentes de saúde, para os equipamentos públicos de saúde quando necessário. 

Desta forma, organizado com o objetivo de proteger, o SUS deveria promover e recuperar a saúde de todos os brasileiros, independente de onde moram, se trabalha e quais os seus sintomas. Infelizmente este sistema ainda não está completamente organizado e ainda existem muitas falhas, no entanto, seus direitos estão garantidos e devem ser cobrados para que sejam cumpridos.

No Rio Grande do Norte, a situação da saúde pública chegou a tal ponto que o Conselho Federal de Medicina irá pedir intervenção federal na Saúde do estado.  Em vista do que ficou constatado pelos conselheiros José Murisset e Aloísio Tibiriçá, no Hospital Walfredo Gurgel, onde identificaram problemas que, segundo eles, ferem os princípios da ética e da dignidade humana e irão encaminhar um relatório ao Ministério da Saúde.

Por: João Paulo de Lima

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Coração em Alerta

Na próxima sexta-feira (28/09), o médico José Madson Vidal estará no Xeque-Mate respondendo a perguntas sobre saúde pública e doenças do coração – especialidade da associação que ajudou a fundar, AMICO. Entenda um pouco sobre o assunto abordado na entrevista e se prepare para o programa dessa semana, que vai ao ar a partir das 19h30, na TV Universitária.

As doenças cardiopatas são mais comuns em crianças do que parecem, estima-se que cerca de 24 mil crianças portadoras da cardiopatia congênita nascem por ano. Essa doença, caracterizada por alguma anormalidade na estrutura do coração, geralmente ocorre ainda no início da gestação. Há casos de descoberta anos após o nascimento, o que torna o tratamento ainda mais delicado.

O avanço da doença é muito variável. Há casos em que o portador pode viver bem, porém, em outros, é impossível viver fora do útero da mãe. Para que isso não ocorra é importante diagnosticar o quanto antes e planejar o parto com um máximo de cuidado.

Apesar de se tratar de uma doença no coração, um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, há possibilidades de cura e correções para os defeitos causados nas estruturas cardíacas.

Tendo em vista a importância de ajudar essas crianças, foi fundada no início de 2010, em Natal, a Associação dos Amigos do Coração da Criança. A AMICO, como ficou conhecida, é uma instituição sem fins lucrativos e apoio governamental que foi criada por profissionais da saúde com o intuito de ajudar tanto no processo cirúrgico quanto no pós-operatório. Sendo este último uma das principais preocupações, pois a recuperação de quem faz uma cirurgia, principalmente no coração, deve ser acompanhada de perto para que não haja complicações futuras.

Por: Jéssica Freitas